Quem sou eu

promove encontros que facilitam o compartilhar de experiências relacionadas ao cotidiano de mulheres e homens do século XXI. Trocar experiências e delinear o auto-conhecimento fazem parte desta proposta que tem as psicólogas Adriana Roitman e Patricia Banheti como coordenadoras.

Nossa história


O Beneditta nasceu a partir de um desejo de trabalhar com grupos. Nossa trajetória começou em 2007, quando, através de trabalho voluntário, criamos um grupo terapêutico para mães de crianças em tratamento oncológico, entre outros, dentro da Casa Assistencial Maria Helena Paulina – Apoio à criança com câncer, na cidade de São Paulo.

O objetivo deste grupo era promover um espaço seguro para dialogar com pares na mesma situação, acolhendo e dando suporte para as questões que permeavam este grupo especial.

Ao perceber que esta aspiração encontrava eco, este trabalho foi tomando forma e, adicionado a cursos específicos que aprofundaram nosso olhar em relação à atuação com grupos, fundamos, em 2009, nosso primeiro grupo feminino. Esta trajetória ganhou corpo com novas formações em 2010, o que gerou novos olhares dentro da perspectiva deste trabalho.

Atualmente o Beneditta conta com dois grupos fixos femininos, além de realizar grupos focais ao longo dos semestres.Este caminhar tem como missão, promover encontros terapêuticos fundamentados na riqueza das trocas entre os participantes, no acolhimento e na confiança do poder transformador destes.


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Um belo texto do Ivan Martins

Eles não dizem não a eles mesmos

A legião dos autoindulgentes nunca foi tão grande, e tão daninha

Conheço um cara que tem problemas de disciplina. Eu. Toda noite, juro que vou levantar às 6h30 da manhã para fazer exercício, mas raramente consigo. Toda semana prometo a mim mesmo que vou antecipar o texto desta coluna, mas sempre fica para a última hora. Vira e mexe, digo que vou parar de ver televisão, que vou lavar louça com mais frequência, que não vou beber no fim de semana. Como eu não faço metade das coisas que prometo a mim mesmo, vivo moído de culpa - e me acho uma droga. Do meu ponto de vista, é inevitável passar a vida negociando entre os deveres e a preguiça, entre os desejos e a obrigação. Muita gente, porém, já desistiu.
Tornou-se comum, ao meu redor, pessoas que não têm compromisso e nem culpa. São os autoindulgentes, uma legião que sempre diz a si mesmo que está tudo bem. São especialistas na arte de se auto perdoar. Ignoram a louça, o horário, os amigos, a família e, fundamentalmente, o sentimento dos outros. Fazem o que querem e têm compromisso apenas com seu prazer imediato. O resto que se dane. São adolescentes adultos aprimorando a arte de fazer mal a si mesmos e aos demais.
Eles não são egoístas. O egoísta é uma pessoa que cuida apenas dela mesma. Os autoindulgentes nem conseguem fazer isso. São egoístas míopes, que só enxergam as próximas 8 horas. No longo prazo, são um desastre para eles mesmos. Preguiçosos e mimados, parecem imbuídos da sensação de que suas vontades são urgentes e todos os deveres (inclusive morais) podem ser adiados ou esquecidos. Acham que têm todo o tempo do mundo para fazer o que é certo. Hoje, porém, farão apenas o que têm vontade.
Se os autoindulgentes fossem sozinhos no mundo, não haveria problema. Apenas afundariam num mar de narcisismo inconsequente. Mas eles têm mulher, irmãos, pais, filhos, amigos. Eles deixam um rastro de estrago atrás de si. O sujeito que não sabe dizer não para si mesmo não acha tempo para mais nada. Está fundamentalmente sozinho no seu universo, que lentamente desmorona. Os outros existem apenas como plateia, ou para insuflar seu ego, ou para compor uma galera, ou oferecer socorro quando a realidade, cedo ou tarde, rompe a cortina de ilusão.
É tão comum como deprimente que o rebelde autoindulgente de hoje - aquele que toma todas, faz de tudo e não deve satisfações a ninguém -, termine, entre os 30 e os 40 anos, dando trabalho aos pais idosos, como se fosse uma criança. Sem nunca ter deixado a adolescência, acaba, na idade adulta, como dependente dos pais que despreza. Haja rebeldia!
Se eu pareço raivoso, me desculpem. São sentimentos pessoais e biográficos - alimentados pela convicção de que vivemos uma epidemia de egos descontrolados.
Nossa cultura fomenta o comportamento irresponsável em relação a si mesmo e aos demais. Sacrifício, apenas no contexto do trabalho. Quase todos sabem que é preciso ralar para ganhar dinheiro ou manter um bom emprego, mas, encerrado o expediente, um monte de seres humanos simplesmente aperta o foda-se. Fora do mercado, não há responsabilidade.
Quem à nossa volta está discutindo princípios, valores, ética? Poucos, porque essas coisas têm preço existencial elevado. Se você abraça um princípio, terá de sustentá-lo. Se tem valores, terá de renunciar ao que se opõe a eles. A ética pode vetar atividades prazerosas - como um emprego confortável e inidôneo ou sexo com uma pessoa escrota. Autoindulgentes não querem esse tipo de sacrifícios. Em troca do prazer instantâneo, topam qualquer coisa. São baratinhos.
Estes dias, ando lendo um romance primoroso - O homem que amava os cachorros, do Leonardo Padura - que conta a história de um idealista como não existe mais. Leon Trotsky, um revolucionário russo do início do século XX, pagou o preço mais alto que existe pela coerência aos seus princípios. Foi exilado e perseguido, seus filhos foram mortos e, ao final, ele foi assassinado, em 1940, por um sujeito que se fez passar por um amigo, mas era agente da polícia secreta de Joseph Stalin.
Você eu não somos feito dessa madeira. Tampouco exigimos, ao nosso redor, que os outros sejam heróis. Mas algo de grandeza é necessário. Um mínimo de respeito consigo mesmo e com os demais. Um mínimo de disciplina e de responsabilidade. Alguma ética, algum princípio, qualquer generosidade. O mundo pode ter se tornado um lugar grande demais para ser transformado por meia dúzia de ideias, mas a nossa vida pode ser melhorada - ou destruída - pelo convívio com uma única pessoa. Melhor que não seja alguém com tolerância infinita para as suas próprias fraquezas.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Coisa boa

Coisa boa
Pricila Marchese


Coisa boa é cheiro de bolo pela casa, café fresco de manha e a brisa do começo do dia.
Riso das crianças que enche a casa e espanta o mal.
Andar descalço , comer pastel com garapa, sem pressa

Coisa boa é ouvir a melhor musica com as melhores lembranças da sua vida.
Encontrar velhos amigos e rir das mesmas coisas que o tempo não apagou.
Ler Clarice Lispector ou qualquer outra coisa.

Coisa boa é receber flores , pé com pé e dormir de conchinha.
Contemplar o horizonte sem pressa do dia terminar.
Banho quente, chá e bolinho de chuva
Andar a beira mar vendo o pôr do sol

Coisa boa é o abraço forte até sentir o coração do outro.
Poder dizer , sem culpa, “ hoje eu não fiz nada”
Olhar para seu filho e pensar “ eu fiz um bom trabalho”

Coisa boa é falar e sorrir com os olhos
Ficar em silencio 
Tomar sorvete na praia 
Cheiro de mato
Cheiro de chuva

Coisa boa é coisa simples. É o respeito e o zelo nas pequenices. Coisa boa é verbalizar o que incomoda na tentativa de acertar. 

"Paradoxalmente, o amor não diz o que é, mas deixa de existir se não for dito. Nasce com as palavras e morre sem elas."
Betty Millan

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Por que é tão difícil falar de sentimentos?

Falar sobre amenidades, sobre os outros, sobre política e economia, futebol e novela. Falar sem pensar, sem medir as palavras, sem que de fato o impulso passe pela razão que organiza a linguagem. Tudo isso é rotineiro, nem nos damos conta do quanto batemos a língua para sobreviver em um mundo onde sons e barulhos se impõem dia e noite.

Parece fácil e é. Desde que não resvale naquilo que nos é difícil colocar em palavras. Naquilo que dói ou que não conseguimos compreender. Naquilo que gostaríamos de ter controle, mas que nos controla, passa a perna, nos desarma e fragiliza.

Cada um carrega em sua história um ou mais sentimentos não valorizados, mal interpretados ou reprimidos. A partir do contexto sócio-afetivo-religioso aprendemos ou não a nomear e interpretar aquilo que sentimos. Infelizmente também somos compelidos a julgar, a negar e a reprimir tudo aquilo que não legitimamos em nome de sermos aceitos no mundo que nos cria e avalia, permeados todo o tempo pela cultura que nos cerca.

É muito comum, na clínica e no cotidiano, perceber que muitos confundem ciúmes com inveja. Ou não sabem diferenciar angústia de ansiedade. Têm dificuldade em interpretar sinais de raiva e medo, mágoa e rancor. Ou não conseguem soletrar afetivamente o sentimento amor.

Pode parecer banal, mas o não reconhecimento e o não acolhimento das próprias emoções criam formas de “ser e estar no mundo” que causam muito sofrimento. Não legitimar a raiva, por exemplo, faz com que o sentimento que é comum a todos e que tem a ver com a invasão de nossos limites e direitos, passe como um leve incômodo, algo que não deve ser experenciado e colocado “para fora”. A vítima reprime a emoção e passa, com o tempo, a não reconhecer seus sinais que são, em última instância, necessários à sobrevivência.

Se formos desconstruir essa não validação da raiva chegaremos, entre outros, ao medo do descontrole, de entrar em conflitos destrutivos, deixar de agradar todo mundo, decepcionar pessoas queridas e por aí vai. Acontece que quando não é vivida no dia-a-dia, passa a ter a força de um tsunami quando menos se espera, destruindo o que estiver pela frente quando explode – que é justamente o medo daquele que reprime este sentimento...

Da mesma maneira, aquelas pessoas que se dizem duronas, que têm problemas em amar, que não acreditam serem capazes de se envolver afetivamente com alguém ou culpam a sorte por não ter encontrado a “alma gêmea”, podem esconder seu grande potencial amoroso justamente por medo da própria fragilidade, do pavor do abandono, da sensação de morte em caso da falência afetiva. Protegem-se mergulhados na própria dor, por mais insensato que isso possa parecer; não reconhecem que vivem sim o abandono e o horror da morte – mas provocado por eles mesmos, o que dá certa sensação de controle. E haja sofrimento.

Muitos chegam ao consultório em situações que têm, em seu âmago, o não reconhecimento do que se deseja. Demandas que correm em paralelo com o que se sente, que não se cruzam em ponto algum, revelando o quanto se vive no impróprio, sem sentido, ou melhor, no “não sentido”.

Enfim, falar de sentimentos é percorrer a própria história, ouvir os medos que nos paralisam, encarar as máscaras que usamos para esconder o que realmente somos e finalmente entender que, aquilo que tentamos esconder de nós mesmos é justamente o que um dia emerge e nos engole.
Adriana Roitman

quarta-feira, 30 de maio de 2012

"Um caminho é só um caminho, e não há desrespeito a si ou aos outros em abandoná-lo, se é isto que o coração nos diz.
Examinhe cada caminho com muito cuidado e deliberação.
Tente-o muitas vezes, tanto quanto julgar necessário.
Só então pergunte a você mesmo, sozinho, uma coisa...
Este caminho tem coração?
Se tem, o caminho é bom,
se não tem, ele não lhe serve.
Um caminho é só um caminho."



Carlos Castañeda

quinta-feira, 26 de abril de 2012


GRUPO TERAPÊUTICO PARA HOMENS E MULHERES

Os tempos modernos têm nos exigido uma nova forma de nos relacionarmos, pois papéis antes exclusivamente femininos ou masculinos agora são exercidos sem distinção de sexo. Homens e mulheres disputam o mesmo campo de trabalho, se alternam na troca da fralda do bebê e no pagamento da conta do restaurante. 
A verdade é que estamos nos adaptando à esta nova configuração, o que vem às vezes acompanhado de questionamentos e conflitos. 

Convidamos você para pensar sobre estas e outras questões referentes aos gêneros, papéis sociais e tantos outros desejos e receios que nos habitam, através de um processo de trocas e auto- conhecimento.

   Quando: Quartas às 19h
   Início: 16 de maio
   Duração: 8 encontros
   Onde: Viavydia - Rua Jesuíno Maciel 1160 - Campo Belo
   Coordenação: Beneditta Grupos Terapêuticos 
   Mais informações: 5093-1100



domingo, 22 de abril de 2012

"A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente."
Soren Kierkergaard

quinta-feira, 29 de março de 2012

Texto de Mirian Goldenberg na Folha de SP

Este texto foi trabalhado no nosso Beneditta Maturidade, possibilitando belas reflexões!



OUTRAS IDEIAS - MIRIAN GOLDENBERG
miriangoldenberg@uol.com.br


Nunca é tarde
Mulheres mais velhas aprendem que a verdadeira realização é poder investir nos próprios desejos
No Brasil, o corpo é um capital. A crença de que o corpo jovem, magro e perfeito é uma riqueza produz uma cultura de enorme investimento na forma física e, também, de profunda insatisfação com a própria aparência.
Quase 100% das brasileiras se sentem infelizes com o próprio corpo.
Ter uma família também é importantíssimo. Casar e ter filhos é um desejo ainda muito presente em todas as gerações e classes sociais. Muitas brasileiras, no entanto, se sentem frustradas por não serem reconhecidas ou valorizadas por maridos e filhos.
Uma professora de 41 anos disse: "Passei a vida inteira cuidando da casa, do marido e dos filhos. Meu marido me traiu com uma garota de 22 anos. Meus filhos nem respondem aos meus telefonemas. Deles, só recebo patadas. Minha única alegria são meus gatos e cachorros".
Ao pesquisar mulheres mais velhas, descobri outra realidade. Muito mais importante do que a aparência e o marido é a liberdade que adquiriram com a maturidade.
Uma médica de 63 anos disse: "Descobri que a verdadeira realização não está no corpo perfeito, na família perfeita, no trabalho perfeito, na vida perfeita, mas na possibilidade de exercer meus desejos, explorando caminhos novos e tendo a coragem de ser diferente. Descobri que não devo me comparar a outras mulheres, pois posso ser única e especial".
Mais velhas, elas passam a exibir seus corpos sem medo do olhar dos outros, sem vergonha das imperfeições e sem procurar a aprovação masculina.
Aprendem que a felicidade pode estar em coisas simples, como dar risadas com as amigas, ter uma alimentação saudável, caminhar na praia. Passam a investir nos próprios prazeres, como fazer pilates, estudar, viajar etc.
Elas passam a cuidar de si mesmas com o mesmo carinho que dedicaram aos filhos, marido, familiares. Não se sacrificam mais e não se esforçam tanto para provar o próprio valor. O centro do cuidado deixa de ser para o outro e passa a ser para si.
Uma professora aposentada de 75 anos disse: "Não tenho marido e sou feliz. Invisto meu tempo, energia e dinheiro em mim. Não me preocupo mais com a opinião dos outros. Não tenho mais medo de dizer o que penso e quero. Tudo ficou muito melhor com a idade. Fiquei mais segura, confiante e autêntica. Pena que descobri a liberdade de ser eu mesma tão tarde. Espero que minhas netas descubram o valor da liberdade muito mais cedo".





quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia internacional da Mulher




Queridas Benês,

Quanto amor, alegria e cumplicidade! 
Quantos olhares de compaixão, falas amorosas e gestos solidários!
Quanta vontade de compartilhar, rir ou chorar! 
Quanta emoção, raiva, dúvidas e lágrimas...
Quantas perguntas auspiciosas, dizeres que provocam ou comentários profundos! 
Quanto desejo de estarmos juntas!
O Beneditta é tudo isso e muito mais!
Cada uma de vocês tem valor inestimável!
Feliz dia das mulheres!
Com amor,
Adri e Pati

sexta-feira, 2 de março de 2012

REFLEXÃO SOBRE O MEDO por Rex Thomas - compartilhado do Dalla Blog

"O mundo e o ser humano estão vivendo momentos de medo. Medo de ser, medo de viver, medo de morrer, medo da solidão, medo da violência, medo de si e medo dos outros. Muitos estão sofrendo e quase paralisados pelo medo do passado, medo do presente e, principalmente, medo do futuro.

Sabemos que de fato existem somente dois tipos de emoções principais na vida de um ser humano: amor e medo. Todos os adjetivos que descrevem as emoções, como ansiedade, raiva, alegria, paz, alívio, frustração, angústia etc., são outras maneiras de descrever o amor e o medo.

Buda diz que "todos os medos e todos os sofrimentos infinitos vêm da mente" e eu sempre acredito que "o nosso melhor amigo e pior inimigo é a nossa própria mente". Viver com medo é como viver com o seu pior inimigo e, da mesma forma, viver em amor é como viver com o seu melhor amigo. A vida pode ser melhor ou pior dependendo da forma que estamos percebendo os eventos em nossa vida.

Muitos estão sofrendo com o medo do passado, do presente e do futuro, sendo que uma mudança real da percepção e da compreensão dos eventos da vida pode ajudar a transcender os seus medos.

Vamos, primeiramente, entender a origem do medo. O ser humano é essencialmente emoção. Tente explicar ou definir a essência da vida de um ser humano e você estará definindo a essência da palavra emoção. Nós somos cem por cento emoção. Podemos dizer, então, que tudo que fazemos na vida tem como motivo principal sentir certas emoções ou mudar certos sentimentos.

O sentimento de medo já está registrado na memória celular de todos os seres humanos, vindo geneticamente dos nossos antepassados. A partir do nosso nascimento, começamos a vivenciar eventos que desencadeiam o sentimento do medo já enraizado em nós como memória celular. Depois, começamos a somar os medos dos nossos pais, dos parentes, da sociedade, amigos e parceiros e também o medo coletivo do mundo, criando assim uma massa crítica do medo em nós. Ou seja, compartilhamos com todos os medos do mundo.

Então, vamos desmistificar o medo para começar a entendê-lo e a transcendê-lo. Precisamos saber que sentimos o medo do passado e do futuro apenas no presente. Sendo assim, devemos focar em transcender os medos sempre no momento presente.

Para começar a dissipar os medos do passado e transcender os medos do futuro, precisamos entender que o medo que sentimos do passado é a lembrança da dor emocional e física de eventos passados. O medo que sentimos no presente é a reação fisiológica e emocional para evitar dores emocionais e físicas, baseado nas lembranças dos eventos no passado e possíveis eventos no futuro, como por exemplo: dor de perda, morte, fracasso, doença etc.

Como todos os medos acontecem apenas no momento presente, a nossa ação para transcender o medo também deve ser no momento presente. Precisamos substituir o sentido do medo e da dor pelo sentido do respeito.

Respeito é um ato de amor e amor é a única energia que pode dissipar a energia do medo. Não fuja das coisas ou das pessoas que você teme. Procure aproximar-se com respeito e amor, olhe bem de perto com a intenção de compreender aquilo que você teme e você poderá se surpreender com a descoberta de que realmente não há nada a temer, que aquilo que você sempre temeu de fato não representa nenhum tipo de perigo para você. Pense nisso: "você não tem medo do fantasma, você tem medo do que o fantasma supostamente pode fazer com você".

É possível que você descubra que aquilo que você teme representa os medos dos outros transferidos para você e não algo que constitui perigo para você. O mundo está cheio de medo compartilhado e, na maioria dos casos, quase ninguém sabe de onde vem e porque apareceram tantos medos, como se ele fosse um vírus que infestou o mundo. A meu ver, o aparecimento de tantos medos em nosso mundo indica a falta de amor.

Muitas pessoas têm um relacionamento péssimo com o divino porque desde criança foram ensinadas a temer a Deus ao invés de amá-lo e, conseqüentemente, passaram a vida toda vibrando sempre na energia do medo ao invés do amor. É simplesmente impossível temer algo e amá-lo ao mesmo tempo."
Rex Thomas

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

‎Lindo!


‎" Que as dificuldades que eu enfrentar ao longo do caminho não me roubem a capacidade de encanto..."


( Ana Jácomo )

domingo, 4 de dezembro de 2011

Para pensar!



"Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes.
Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta.
Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?...Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você.
E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo". 


Nelson Mandela

domingo, 13 de novembro de 2011

Sempre Clarice

"O que é verdadeiramente imoral é ter 


 desistido de si mesmo"


 Clarice Lispector

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mirian Goldenberg na Folha Equilibrio de 25/10 - Maravilhoso!!

"Uma boa vida depende da harmonia entre segurança e liberdade, mas não dá para ter as duas ao mesmo tempo"



O filósofo polonês Zygmunt Bauman, aos 86 anos, deu uma belíssima entrevista para o projeto Fronteiras do Pensamento, no dia 25 de julho de 2011, em Londres.
Nela, esse pensador discute dilemas muito presentes no universo de homens e mulheres que tenho pesquisado nos últimos anos. Bauman afirma que há dois valores absolutamente indispensáveis para uma vida feliz. Um é a segurança, o outro é a liberdade. Para ele, não é possível ser feliz e ter uma vida digna e satisfatória na ausência de qualquer um dos dois. 
Segurança sem liberdade é escravidão. Liberdade sem segurança é caos. 
Entretanto, ninguém, até hoje, encontrou a fórmula de ouro, a mistura perfeita entre segurança e liberdade. Cada vez que conseguimos mais segurança, entregamos um pouco da nossa liberdade. Quando temos mais liberdade, entregamos parte da nossa segurança.
Bauman cita "O Mal-Estar da Civilização", de Freud, para lembrar que a civilização é uma troca: sempre ganhamos e perdemos algo. Para Freud, os indivíduos entregaram liberdade demais em prol de segurança. Hoje, poderíamos ver o contrário: entregamos demais a nossa segurança em prol da liberdade.

Nunca iremos encontrar a solução perfeita, o equilíbrio do pêndulo que vai ou em direção à liberdade ou em direção à segurança, conclui Bauman. E esse é o nosso grande dilema: nunca iremos parar de procurar essa mina de ouro, pois queremos ter liberdade e segurança ao mesmo tempo.

Muitos filósofos contemporâneos consideram a vida de Sócrates como a mais perfeita que se possa imaginar. Bauman pergunta: o que isso significa? Significa que todos nós devemos imitar Sócrates e tentar ser iguais a ele? Não, ele responde. Ele não acredita em uma única maneira de ser feliz. 

Justamente porque Sócrates considerava que o segredo da sua felicidade estava no fato de ele próprio, por sua própria vontade, ter criado a forma de vida que ele viveu.
As pessoas que imitam a forma de vida e o modelo de felicidade de outra pessoa não são como Sócrates. Pelo contrário, elas traem a receita de felicidade dele. Precisamente porque o segredo de Sócrates pode ser traduzido de uma maneira simples: para cada ser humano há um mundo perfeito a ser construído especialmente para ele. Um mundo perfeito para cada indivíduo a ser inventado por cada um de nós.

Então, o que é mais importante para a sua felicidade? Liberdade ou segurança?


domingo, 2 de outubro de 2011

Limites reais ou auto-impostos?




A vida exige a cada momento escolhas, decisões, estabelecimento de metas e objetivos, e isto depende exclusivamente da nossa iniciativa, nossa força de vontade, dos nossos desejos, da nossa mente.  E toda decisão conduz a uma mudança, seja ela simples ou profunda. Essa mudança conduz ao desconhecido ou ao pouco conhecido. Isso faz com que nos vejamos frente a caminhos distintos  - o do comodismo/conformismo ou da coragem em mudar aquilo que não nos faz mais sentido – buscando ferramentas para lidarmos com uma nova realidade. A imagem acima simboliza os limites que às vezes colocamos em nossas vidas e que podem restringir nossos movimentos frente a novas possibilidades: um cavalo amarrado a uma cadeira simples, bem fácil de carregar. O animal, com aquele porte  e aquela força sujeita-se a ficar preso àquele objeto que, de maneira alguma, pode detê-lo. Por quê?
Condicionamento – a repetição constante das mesmas idéias errôneas a nosso respeito no decorrer do tempo e que aquilo que pensamos que nos limita tem mais força do que nossos desejos. Por isso, antes de desistir, verifique se o peso que o está paralisando não é, na realidade frágil, irreal. E finalmente veja se as dificuldades que parecem tão impossíveis de serem enfrentadas  não são imagens arraigadas nos  ideais que  a família/sociedade nos impõe, medos fantasiosos ou limites auto-impostos.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fotos do encontro em Higienópolis - grupo da tarde



Criatividade!

O grupo maturidade está, neste mês de maio, cuidando da criatividade! Semana passada, no meio de uma brincadeira, duas participantes deixaram a criatividade rolar solta e escreveram essas duas poesias! Que maravilha!
Compartilhando...


CRIATIVA

Creio ser muito difícil
Romper com meu defeito
Inerente à falta de criatividade
Agora com a minha idade
Tanto que eu me ponho a pensar
Infinitas idéias sem sucesso
Vendo o mundo caminhar
A minha pessoa estancar

Ana Maria



METAS

Caminhando na luz,
Remando na direção do Cais,
Irmanados na mesma meta
Amando indistintamente
Todos: ricos, pobres, de todas etnias
Incluindo todas as crenças e religiões!
Vamos mudar os parâmetros atuais
Até chegarmos na plenitude do AMOR!

Evencia Emília

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Aniversário do Beneditta

Queridas,

Hoje o Beneditta faz aniversário! Dois anos de histórias compartilhadas, de acolhimento e de crescimento conjunto. Tempo vivido com respeito, com carinho, compreensão e principalmente com a suavidade do olhar feminino, tão intenso e especial.


Dois anos que renderam frutos, novos formatos e sonhos que aos poucos tem se tornado realidade.


Nossa comemoração só é possível se compartilhada com todas as mulheres que compõe o universo Benedittino: com as que trazem sua energia semanalmente e também com as que estiveram conosco por um breve período, uma manhã no parque ou nos primeiros encontros! Através de cada presença e de cada fala estamos escrevendo a nossa história.


Obrigada pelo amor, pela generosidade e pela força que constrói o Beneditta Grupos Terapêuticos!
Um beijo especial em cada uma de vocês!
Adri e Pati








quarta-feira, 6 de abril de 2011

Maravilha para se pensar!

Duas maravilhas para se pensar sobre o mesmo tema, mas sob perspectivas diferentes:

"Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda". (S. Freud)


"Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?" (Friedrich Nietzsche)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Encontro do Beneditta no Studio Lazar


Studio Lazar de Artes e
Beneditta Grupos Terapêuticos convidam você para um encontro especial no dia 24 de Março.

Este é um convite especial a você!
Que tal parar um pouquinho e se presentear com um encontro de mulheres bacanas, que estão à procura do autoconhecimento, de reflexão e dispostas a trocar histórias de vida, aprendendo umas com as outras ?
Através de um Círculo Feminino acolhedor e de escuta cuidadosa, iremos compartilhar nossos amores, temores, conflitos e vitórias.
Permita-se! Venha participar desta experiência.

Onde: Studio Lazar de Artes
Endereço: Rua Tupi, 848 – Santa Cecília      Tel.: (11) 3663-4382
Quando: Quinta-feira, 24 de Março.

   Grupo 1 às 16:00h  
  Grupo 2 às 19:00h
  O encontro será gratuito!
 Inscrições antecipadas e vagas limitadas!



quarta-feira, 9 de março de 2011

Reportagem da Folha sobre autocompaixão

8/03/2011 - 12h48

Novo ramo da psicologia mostra efeito da 

autocompaixão na saúde



TARA PARKER-POPE
DO "NEW YORK TIMES"
Você se trata tão bem quanto trata seus amigos e familiares?
Essa pergunta está na base de uma nova e crescente área de pesquisa psicológica intitulada autocompaixão, que avalia a benevolência com que as pessoas se veem.
Pesquisas sugerem que aceitar as próprias imperfeições é o primeiro passo para uma saúde melhor. Pessoas com notas altas em testes de autocompaixão têm menos depressão e ansiedade.
Dados preliminares sugerem que a autocompaixão ajuda até a perder peso.
Essa ideia parece contradizer os conselhos de médicos e livros de autoajuda, que sugerem que autodisciplina leva a uma saúde melhor.
Segundo Kristin Neff, pioneira nesse campo, a maior razão pela qual as pessoas não têm mais compaixão por si mesmas é o medo de se tornarem autoindulgentes.
"Elas acreditam que é a autocrítica que as mantém na linha. A maioria das pessoas se equivoca, porque nossa cultura recomenda que sejamos intransigentes", afirma Neff, professora de desenvolvimento humano da Universidade do Texas, em Austin

EXCESSO DE CRÍTICA

Imagine como você reagiria a uma criança com problemas na escola ou que come junk food demais. Muitos pais ofereceriam ajuda a ela.
Mas quando adultos se encontram em situações semelhantes, muitos caem em um ciclo de autocrítica e negatividade. Isso os deixa ainda menos motivados para efetuar mudanças.
"A razão pela qual você não deixa seu filho comer cinco potes de sorvete é que você se preocupa com ele. Se você se preocupa consigo mesmo, faz o que é saudável e não o que fará mal."
O livro da psicóloga, "Self-Compassion: Stop Beating Yourself Up and Leave Insecurity Behind" ("Autocompaixão: pare de se criticar e deixe a insegurança para trás") será publicado nos EUA em abril.
A obra traz 26 afirmações que visam determinar a frequência com que as pessoas se tratam com bondade e descobrir se elas reconhecem o fato de que altos e baixos fazem parte da vida.
Uma resposta positiva à afirmação "desaprovo minhas próprias falhas e inadequações e me avalio mal por isso", por exemplo, aponta para falta de autocompaixão. Nesse caso, ela sugere escrever uma carta de apoio para si mesmo ou listar suas qualidades e defeitos, lembrando que ninguém é perfeito.
Se tudo isso soa um pouco tolerante demais, há evidências científicas que confirmam a validade da teoria.
Uma pesquisa na Universidade Wake Forest convidou 84 mulheres a comer donuts.
Para um grupo, o instrutor disse: "Todo o mundo que participa do estudo come isto, então não há razão para você se sentir mal por isso." Para outro grupo, ele não disse nada. Resultado: o primeiro grupo, com menos culpa, comeu menos.
"O problema é que é difícil desaprender os hábitos de toda uma vida", afirma Neff.


Editoria de Arte/Folhapress